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Demissão silenciosa: você já ouviu falar sobre esse movimento?

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Também conhecida como Quiet Quitting, a demissão silenciosa é uma tendência que tem surgido não só no Brasil, mas no mundo. Mas calma que não tem nada relacionado com pedir demissão sem fazer alarde ou ser demitido de maneira sigilosa.

Na verdade, o nome do movimento não está muito relacionado com o objetivo do movimento, que consiste em evitar o excesso de trabalho. Quer entender melhor? Continue essa leitura!

O que é a demissão silenciosa, afinal?

Se você está trabalhando em home office full, talvez você se identifique com uma grande quantidade de profissionais que alegam trabalhar muito mais em casa, do que trabalhavam quando iam para as empresas.

Ao que tudo indica, o fato de não haver mudança de ambiente, favorece que não sigamos o horário de trabalho exato, inclusive as pausas. Com isso, as pessoas têm uma carga horária de trabalho muitas vezes excessiva, podendo levar ao burnout, inclusive.

Com isso surgiu o movimento da demissão silenciosa, que de forma resumida, consiste em fazer somente o que é exigido no trabalho, indo contra ao que as empresas sempre esperam que é que os funcionários superem as expectativas e entreguem além do que lhes é proposto.

Qual o propósito por trás da demissão silenciosa?

Liderado principalmente pelas gerações Z ou Milennials, a ideia é que as pessoas não trabalhem excessivamente mais, a ponto de comprometer suas vidas pessoais e até mesmo sua saúde.

Se antes fazer dezenas de horas extras por mês era sinônimo de colaborador dedicado, hoje está se tornando evidente que, na verdade, esse não é um caminho de sucesso para a vida social e pessoal.

A demissão silenciosa mostra, então, que está surgindo um novo perfil profissional que, ao contrário do que as empresas têm vivido nos últimos 20 anos, trata-se de um perfil não aderente ao excesso de trabalho, menos ainda se for não remunerado.

O objetivo principal por trás desse movimento é buscar a qualidade de vida através do equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. Inclusive, em decorrência disso algumas tendências parecem estar surgindo, como a redução de dias de trabalho na semana e o maior período de férias.

Há preocupação para as empresas?

A princípio não. Inclusive, se a empresa está acostumada com perfis de profissionais que trabalham em excesso, talvez se trate de uma empresa que sofre muitos processos trabalhistas, então, a demissão silenciosa pode acabar ajudando nesse aspecto.

Por outro lado, se a empresa possui uma mentalidade de que é importante que os funcionários trabalhem além da carga horária padrão, é preciso repensar essa estratégia e, se necessário, averiguar o perfil comportamental das lideranças.

A tendência é de que nesse tipo de ambiente profissional haja um alto índice de turnover, portanto, a empresa precisa definir um planejamento estratégico para rever os seus processos e até mesmo otimizá-los quando possível, bem como aumentar o quadro de funcionários, se esse for o caso.

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